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Los Angeles: Estrelas de Hollywood e o Cruzeiro dos Sonhos

O que esperar de uma escala de cruzeiro em Los Angeles? Neste artigo, compartilho minha experiência desembarcando no Porto de San Pedro e aproveitando o tempo disponível para explorar o essencial da cidade. Com direito à famosa Calçada da Fama e uma vista inesquecível do letreiro de Hollywood, essa parada mostrou que mesmo uma escala rápida pode render memórias marcantes. Mas a verdade é que, na cidade dos anjos, uma única escala de cruzeiro mal arranha a superfície de tudo o que esse destino fascinante tem a oferecer.

AMÉRICASESTADOS UNIDOSLOS ANGELESOCEANO PACÍFICO

The Roaming Purser

12/12/202415 min read

Terminal de cruzeiros de Los Angeles com o navio ao fundo, visto do cais.
Terminal de cruzeiros de Los Angeles com o navio ao fundo, visto do cais.

Expectativa ao chegar no porto de Los Angeles: a porta para o sonho americano

Nada se compara à emoção de se aproximar de Los Angeles pelo mar, especialmente quando o navio vai se aproximando da costa da Califórnia, revelando a imensidão da paisagem — uma mistura de mar azul, céu aberto e a silhueta da cidade que desponta no horizonte.

Para quem está a bordo, acordar cedo para assistir à chegada do navio ao porto é um espetáculo à parte. No convés, o ar fresco da manhã traz uma sensação de renovação e expectativa, enquanto os primeiros raios de sol iluminam lentamente a Ponte Vincent Thomas, a famosa ponte suspensa que liga a área portuária ao continente. Com suas torres altas e cabos que desenham linhas no céu, ela lembra a Golden Gate de São Francisco, mas com um charme próprio, industrial e marcante.

Enquanto o navio avança, o movimento intenso do porto se revela — guindastes gigantescos erguerem contêineres com precisão quase coreografada, e atrás deles, os prédios de Downtown Los Angeles começam a se destacar, dando o primeiro contato visual com a energia vibrante da cidade.

É um misto de calma do mar e a emoção crescente por tudo o que está por vir: ruas icônicas, praias ensolaradas e, claro, a magia das estrelas de Hollywood ao alcance.

Foto da autora do blog, Los Angeles.
Foto da autora do blog, Los Angeles.

Elisa Magalhães

O Que Esperar no Desembarque em Los Angeles

Depois da chegada emocionante ao porto, o navio atraca em San Pedro, e começa outra etapa da experiência: o desembarque em Los Angeles.

O Porto de Los Angeles, um dos mais movimentados dos Estados Unidos, tem uma estrutura prática e direta. O terminal onde a maioria dos navios atraca é o World Cruise Center — um prédio funcional, com jeitão industrial, grandes corredores e poucos ornamentos. Não é um porto turístico no sentido clássico, mas cumpre bem o papel de processar milhares de passageiros com eficiência.

O desembarque costuma ser feito por grupos. E se você estiver inscrita em uma excursão organizada pelo navio, pode ser liberada com mais rapidez — algo que faz diferença em dias mais cheios.

Logo após sair da área do navio, vem o momento da inspeção de imigração e segurança. Mesmo em itinerários dentro dos Estados Unidos, é comum passar por controle de documentos, como o passaporte e o cartão de identificação do cruzeiro. Em alguns casos, os agentes podem fazer perguntas básicas — nada fora do esperado, apenas parte do protocolo.

Depois dessa etapa, você chega ao saguão do terminal: banheiros, sinalização simples e, às vezes, vans oferecendo transporte. A estrutura é básica — sem lojinhas ou cafés —, e a sensação é de que a cidade só começa mesmo do lado de fora.

A partir dali, Los Angeles se estende à sua frente, pronta para ser explorada à sua maneira.

Muito Além de Uma Escala

O Porto de Los Angeles não é apenas um ponto de escala para quem está cruzando a Costa Oeste dos Estados Unidos. Ele também é um dos principais portos de embarque e desembarque do país — tanto para passageiros quanto para tripulantes.

É daqui que partem cruzeiros rumo ao México, Havaí, Canal do Panamá, Alasca, América do Sul, Ásia e até a Oceania. Em muitas dessas rotas, Los Angeles é o ponto inicial ou final da jornada, o que o torna um porto movimentado não só nos dias de escala, mas também nas grandes viradas de cruzeiro, quando um novo grupo embarca e o anterior desembarca.

Para quem trabalha a bordo, o porto também é conhecido pelas operações de troca de tripulação, especialmente durante a chamada temporada americana — que vai aproximadamente de outubro até abril, dependendo da rota do navio.

Entre as companhias que utilizam Los Angeles como home port, a Princess Cruises é, de longe, a mais emblemática. O terminal de San Pedro é base frequente do Discovery Princess, que faz cruzeiros para o México e o Havaí. Outras companhias como Norwegian Cruise Line, Royal Caribbean, Carnival e Holland America Line também utilizam o porto com regularidade, seja como ponto de embarque para itinerários regulares ou para travessias sazonais mais longas.

Dentro do conjunto de portos na Costa Oeste dos Estados Unidos, Los Angeles divide protagonismo com San Francisco e San Diego, mas é o maior e mais ativo da região em volume de passageiros e operações logísticas — o que faz sentido, considerando sua localização estratégica e sua conexão com o gigantesco complexo portuário que inclui também o Porto de Long Beach, logo ao lado.

Se seu cruzeiro começa ou termina aqui, prepare-se para uma operação eficiente — sem grandes atrativos turísticos, mas com o necessário para colocar milhares de pessoas em movimento com organização e segurança.

Autora em San Pedro, Porto de Los Angeles, logo após o desembarque do navio
Autora em San Pedro, Porto de Los Angeles, logo após o desembarque do navio

Ao Redor do Porto: Saia Rápido, a Cidade Espera

Se você está esperando encontrar um terminal com estrutura turística ou áreas charmosas logo ao desembarcar, já aviso: o Porto de Los Angeles não é esse lugar. A região de San Pedro, onde o navio atraca, é funcional, voltada à operação portuária, e tem no máximo uma ou outra loja básica, transporte disponível e uma leve movimentação local.

Mas há, sim, um detalhe que vale a pena mencionar: bem ao lado do terminal, existe uma praça agradável, com jardins e fontes dançantes que se ativam ao longo do dia. Com o navio ao fundo, esse pequeno espetáculo de água em movimento cria uma bela moldura para os primeiros minutos em terra. É quase como um aviso visual de que você chegou a Los Angeles — e que uma cidade imensa, cheia de vida e possibilidades, espera por você logo ali adiante.

Você até pode ver placas indicando o Battleship USS Iowa Museum ou o Cabrillo Marine Aquarium, que ficam ali perto, mas nada disso chega a competir com as possibilidades reais que Los Angeles oferece para quem tem apenas um dia.

Assim que você passa pela imigração e está liberado para sair, o ideal é ir direto explorar. Há táxis, vans e transportes organizados pelas excursões do navio logo do lado de fora do terminal. O serviço de Uber também costuma funcionar bem, mas pode ter um tempo de espera maior dependendo do volume de desembarque.

Se você tiver um tour reservado com a companhia, o transporte já estará esperando, o que ajuda bastante no tempo — principalmente porque o porto não é exatamente bem conectado a pé com as áreas interessantes da cidade.

A real é essa: ninguém vai a San Pedro a turismo. A cidade está a cerca de 40 km dali, e é pra lá que você vai querer ir.

Foto da autora no Waterfront porto em Los Angeles.
Foto da autora no Waterfront porto em Los Angeles.
Foto da autora no transito em Los Angeles.
Foto da autora no transito em Los Angeles.

Como Chegar ao Centro de Los Angeles: Vá de Táxi e Vá Tranquilo

Se você não estiver numa excursão organizada pelo navio, o melhor conselho aqui é simples: vá de táxi. Nessas escalas em grandes cidades americanas, onde o porto não está colado nas atrações, perder tempo esperando aplicativo ou tentando entender transporte público não compensa.

Do Porto de Los Angeles, em San Pedro, até o centro de Los Angeles (Downtown LA) são cerca de 40 km. E mesmo parecendo distante, a verdade é que o trajeto costuma ser rápido. As rodovias americanas com suas avenidas largas, múltiplas faixas e trânsito que flui bem tornam o percurso até prazeroso. Em 30 a 40 minutos, você já pode estar diante dos arranha-céus do centro, pronto pra explorar.

Os táxis disponíveis na área do porto são sempre uma boa escolha. Os carros são grandes, limpos e confortáveis — nada de táxi caindo aos pedaços ou motorista perdido. Eles estão acostumados com o fluxo de passageiros de cruzeiros, então o embarque costuma ser rápido e direto.

Claro que aplicativos como Uber ou Lyft funcionam bem, e se você quiser tentar, pode sair um pouco mais barato. Mas o ideal é já sair com a volta planejada, principalmente se estiver em horário de pico. Dependendo da demanda, conseguir um carro na hora de retornar ao porto pode demorar — e o relógio não espera.

Então, pra mim, a melhor forma de garantir um dia bem aproveitado é simples: desceu do navio, entrou no táxi e foi direto explorar. A cidade está lá fora, e o porto não é lugar de perder tempo.

Fotos da autora no letreiro de Hollywood.
Fotos da autora no letreiro de Hollywood.

Do Porto ao Letreiro: Um Dia Inesquecível em Hollywood Hills

Com mais três colegas, combinamos um tour particular com um taxista indiano super simpático que nos acompanhou o dia inteiro, garantindo um ritmo tranquilo e flexível para explorarmos o essencial da cidade.

Saímos do Porto de Los Angeles, em San Pedro, e pegamos a estrada rumo a um dos cartões-postais mais icônicos da Califórnia: o letreiro de Hollywood. São cerca de 35 km até lá, e a viagem durou aproximadamente 40 minutos, dependendo do trânsito — que naquela manhã estava bem tranquilo.

Chegando na área, entramos no Hollywood Hills, o charmoso bairro residencial que circunda o letreiro. Ali, o taxista nos deu um rolê pelas ruas, mostrando as mansões imponentes, com vistas incríveis, e também as famosas tiny houses que conferem um charme especial a essa área tão privilegiada para morar. O contraste entre o luxo das residências e o estilo compacto das tiny houses é parte do que faz do Hollywood Hills um lugar único.

O ambiente é tranquilo, mas cheio de regras para preservar a paz local e a segurança dos visitantes.

A subida até o mirante autorizado, onde é possível ver o letreiro de perto, leva cerca de 15 a 20 minutos em terreno que exige atenção — o caminho é natural, com pedras soltas, barrancos e algumas partes estreitas. Por isso, é fundamental usar calçados adequados e tomar cuidado ao caminhar.

Algumas regras importantes: é proibido fumar, consumir alimentos e bebidas na trilha, e também é expressamente proibido tentar subir até as próprias letras do letreiro, que ficam em uma área privada e protegida. Não há cobrança de ingresso para acessar os mirantes públicos, o que torna o passeio ainda mais acessível.

Todo cuidado é pouco para garantir uma experiência segura e respeitosa com o local e os moradores. A sensação, porém, compensa cada passo — a vista das letras imponentes com a cidade de Los Angeles aos seus pés é inesquecível.

Até hoje, ao rever as fotos daquele dia, lembro do contentamento e da alegria simples de ter vivido aquele momento.

Fotos da autora na calçada da fama em Los Angeles.
Fotos da autora na calçada da fama em Los Angeles.

De Hollywood Hills à Calçada da Fama: Um Mergulho no Coração de Los Angeles

Depois de explorar o charme e a tranquilidade do Hollywood Hills, seguimos numa curta distância até a famosa Calçada da Fama. Chegar ali é como entrar num palco mundial, onde as estrelas brilham literalmente no chão.

Tivemos um tempo para caminhar com calma, atravessando a rua de um lado para o outro em busca do ângulo perfeito para fotos com as estrelas dos nossos atores favoritos. O lugar é super movimentado, com turistas de todas as partes do mundo, o que cria uma energia única, mas exige atenção.

Ali, é comum encontrar artistas de rua vestidos como personagens icônicos ou celebridades, mas uma dica importante: qualquer foto com eles geralmente requer permissão ou uma contribuição em dinheiro. Essas “armadilhas” fazem parte do cenário, e é bom estar preparado.

Como já comentei, a movimentação é intensa e você vai ouvir praticamente todas as línguas do planeta por ali. Por isso, um olhar atento ao redor é essencial. Apesar de haver câmeras de segurança e presença policial, golpes como o famoso batedor de carteiras podem ocorrer — um alerta que o próprio taxista nos passou durante o dia.

A Calçada da Fama foi inaugurada em 1960 e, desde então, recebe milhões de visitantes por ano. São mais de 2.600 estrelas de bronze que homenageiam artistas de cinema, televisão, música, rádio e teatro. Além disso, a cada ano, cerca de 20 novas estrelas são adicionadas, mantendo vivo esse símbolo da indústria do entretenimento.

Um detalhe curioso: as estrelas refletem luz e, com o brilho das câmeras, criam flashes que parecem piscar sem parar, um espetáculo à parte para quem caminha por ali.

Teatro Chinês: Um Ícone de Hollywood Bem ao Lado da Calçada da Fama

Localizado bem ao lado da movimentada Calçada da Fama, o TCL Chinese Theatre é uma das construções mais emblemáticas de Hollywood. Inaugurado em 1927, ele se tornou famoso por sua fachada marcante, inspirada na arquitetura tradicional chinesa — com esculturas, dragões ornamentais e torres pontiagudas que chamam atenção de longe. Não há lanternas vermelhas nem pagodes típicos, mas o estilo exótico e imponente já foi cenário de inúmeras estreias de cinema ao longo das décadas.

O que torna o teatro ainda mais especial é a área externa, onde estão impressas as marcas das mãos e dos pés de estrelas do cinema, em blocos de cimento no chão. É uma espécie de galeria a céu aberto que permite uma conexão direta com os ícones de Hollywood — e, claro, rende aquelas fotos que a gente guarda com carinho. Eu mesma não resisti e fiz questão de registrar o momento ali.

Mesmo sem tempo para assistir a um filme ou entrar, a visita ao entorno do teatro já é uma atração por si só, principalmente para quem está conhecendo Los Angeles em uma escala rápida de cruzeiro.

Hollywood & Highland Center: Compras, Vista e Sabores Clássicos de Hollywood

No coração de Hollywood, o Hollywood & Highland Center é um complexo vibrante que reúne lojas, restaurantes e opções de entretenimento, tornando-se um ponto obrigatório para quem quer sentir a energia da cidade. Além de oferecer uma variedade de lojas com preços acessíveis — ótimo para quem gosta de garimpar lembranças — o centro conta com um deck de onde se tem uma vista privilegiada do famoso letreiro de Hollywood, um cenário que, para mim, ainda emociona a cada olhar.

Depois da nossa visita rápida por essa área, seguimos para provar os clássicos burgers americanos, acompanhados da indispensável Coca-Cola. Simples, direto, mas é exatamente essa experiência que deixa a visita ainda mais autêntica. Estar em Hollywood, cercada por tanta história e energia, e aproveitar esse momento simples com amigos fez o dia ser ainda mais especial.

Registro da autora explorando a icônica Rodeo Drive com Beverly Hills ao fundo.
Registro da autora explorando a icônica Rodeo Drive com Beverly Hills ao fundo.

Um Giro por Rodeo Drive e a Volta ao Porto

Depois de deixarmos a região da Calçada da Fama, seguimos de carro em direção à famosa Rodeo Drive, aquela rua icônica de Beverly Hills onde vitrines luxuosas exibem o melhor da moda internacional. O trajeto levou cerca de 40 minutos — o trânsito de Los Angeles é sempre uma caixinha de surpresas, mas a fluidez das largas avenidas americanas ajuda bastante quando se tem um bom motorista e um carro confortável, como era o nosso caso.

O tempo já começava a ficar apertado, então esse trecho do passeio foi todo feito de dentro do carro mesmo. Passamos por Beverly Hills, admirando suas ruas elegantes, as palmeiras perfeitamente alinhadas e as mansões que, mesmo à distância, impressionam. A Rodeo Drive em si é puro charme, e mesmo sem parar, só de observar aquele cenário tão conhecido dos filmes já valeu a pena.

Com o relógio nos chamando de volta, era hora de retornar ao porto — mais uma hora de estrada até lá. A sensação foi de missão cumprida: mesmo sem conseguir explorar cada ponto a fundo, conseguimos montar um roteiro dinâmico e muito especial, com paradas certeiras e memórias fortes em cada canto por onde passamos.

Foto de Venice Beach em comparação ao píer Santa Monica em Los Angeles.
Foto de Venice Beach em comparação ao píer Santa Monica em Los Angeles.

E Se Houvesse Mais Tempo… Venice Beach e Santa Monica

Com o tempo correndo e o compromisso de voltar ao porto dentro do horário, ficou claro que algumas paradas iam ter que ficar pra próxima. Mas confesso: Venice Beach era uma vontade real. A gente estava relativamente perto, mas não o suficiente para encaixar sem pressa. Do porto até lá são cerca de 35 a 40 minutos de carro (uns 35 km), dependendo do trânsito — o que em Los Angeles é sempre um fator.

Venice tem uma energia toda própria. O calçadão é um espetáculo à parte, com artistas de rua, vendedores independentes, skatistas no parque, a academia ao ar livre… tudo isso com aquele visual do Pacífico ao fundo. A mistura de arte, esporte e excentricidade dá um contraste marcante com o cenário de Beverly Hills, por exemplo. Seria um ótimo contraponto no roteiro — e quem sabe numa próxima escala.

Santa Monica, por outro lado, estava logo ali, bem próxima da Rodeo Drive (uns 20 a 25 minutos de distância), e mesmo assim não coube no nosso roteiro. Era só descer um pouco mais pela costa e chegar ao Pier de Santa Monica, com sua roda-gigante colorida, lojinhas, restaurantes e aquele clima de filme que a gente reconhece na hora.

Faltou tempo, mas não faltou vontade. Essas duas paradas merecem mais do que uma passada rápida — são lugares pra caminhar com calma, absorver o ambiente, talvez sentar numa mureta com uma Coca bem gelada e só observar a vida californiana acontecer.

Vista aérea do icônico píer de Santa Monica, Califórnia, com a roda-gigante ao fundo.
Vista aérea do icônico píer de Santa Monica, Califórnia, com a roda-gigante ao fundo.

Clima em Los Angeles: Quando Vale Mais a Pena Visitar?

Los Angeles tem um clima típico da costa sul da Califórnia: ensolarado, seco e agradável durante a maior parte do ano. Mas para quem chega de navio e tem apenas um dia para explorar, a estação certa pode fazer toda a diferença na experiência em terra firme.

A cidade raramente sofre com extremos climáticos, mas os meses mais recomendados para uma escala confortável são março, abril, maio, setembro e outubro. Durante essas épocas, os dias são luminosos e frescos, com temperaturas que costumam variar entre 15 °C e 24 °C — perfeitas para caminhar pela Calçada da Fama, subir até o letreiro de Hollywood ou apenas circular de táxi entre os pontos turísticos.

Foi exatamente em abril que fiz minha visita e encontrei um tempo incrivelmente agradável. Céu limpo, sem aquele calor exaustivo do verão californiano, e uma leve brisa que deixava qualquer passeio mais prazeroso. Tudo isso contribuiu para que a experiência fosse leve e fluida — do embarque à volta ao porto no fim do dia.

Durante o verão (junho a agosto), o calor é mais intenso e há mais turistas por toda a cidade, o que pode tornar o passeio menos prático se você tiver tempo contado. Já nos meses de inverno (dezembro a fevereiro), as temperaturas são suaves, mas há mais chance de dias nublados e chuvas ocasionais — nada que impeça os passeios, mas vale se preparar.

Em resumo: abril se mostrou um dos meses ideais para uma escala em Los Angeles — e, se eu voltasse, escolheria a mesma época.

Impressões Finais: Um Gosto de Quero Mais

Mesmo com pouco tempo em Los Angeles, cada respiro valeu a pena. Essa cidade deixa uma marca — intensa, vibrante e cheia de nuances. A sensação de ter estado ali, mesmo que por algumas horas, já é por si só gratificante. Mas é também aquele tipo de destino que deixa claro: precisa de tempo, merece um retorno. Para uma imersão completa, o ideal seriam pelo menos cinco dias. Até mesmo um pernoite já permitiria aproveitar bem mais.

É importante lembrar que chegar de navio exige planejamento. As principais atrações estão, no mínimo, a 30 km do porto. Isso pesa, principalmente numa escala curta. Talvez, se fosse hoje, eu teria apostado no ônibus turístico hop-on hop-off — uma alternativa prática para explorar os pontos principais da cidade. O passeio completo exige pelo menos 8 horas e começa a partir de 50 dólares. Naquele dia, até teria conseguido fazer isso, mas como acontece com frequência entre tripulantes, quem sai junto, volta junto, e os colegas tinham menos tempo disponível.

Ainda assim, foi uma visita marcante. Los Angeles tem um custo razoável para explorar, e muita coisa ao ar livre que pode ser vivida sem ingresso: parques, calçadas movimentadas, bairros com charme próprio. É o tipo de cidade que deixa vontade de voltar — como tantos outros portos dos Estados Unidos deixaram em mim.

Los Angeles vai além do que o cinema mostra. É história, cultura, ritmo e cor. Seja como ponto de partida para uma volta ao mundo ou apenas uma parada rápida no caminho, essa cidade sabe como deixar sua presença registrada em quem a visita. Muito Obrigada por me acompanhar nessa viagem. Até a próxima!


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Foto da autora na calçada da fama em Los Angeles.
Foto da autora na calçada da fama em Los Angeles.