Um Blog Guia para Portos & Destinos ao Redor do Mundo

Um Dia em Nagasaki: Experiências na Escala de Cruzeiro

Chegar a Nagasaki de navio é viver uma das experiências mais intensas que uma escala de cruzeiro no Japão pode oferecer. Do convés, a primeira imagem é a da baía cercada por colinas verdejantes e do Glover Garden, pairando sobre a cidade como um guardião silencioso. O porto é acolhedor e, ao desembarcar, o viajante já percebe que esta não é uma cidade qualquer: cada esquina guarda histórias profundas, cada rua convida à reflexão e cada vista traz consigo um pedaço de memória.

ÁSIAJAPÃONAGASAKIOCEANO PACÍFICO

The Roaming Purser

9/5/202512 min read

Navio de cruzeiro chegando ao porto de Nagasaki, com pessoas aguardando na orla e colinas verdes ao fundo
Navio de cruzeiro chegando ao porto de Nagasaki, com pessoas aguardando na orla e colinas verdes ao fundo

Por: Elisa Magalhães

Chegar a Nagasaki pelo mar e ser recebido de braços abertos pela cidade.

Chegando a Nagasaki: Porto e Primeira Impressão

Chegar de cruzeiro a qualquer porto do Japão é sempre uma experiência especial, muitas vezes marcada por celebrações e recepções calorosas. Em Nagasaki, não foi diferente: nossa chegada foi recebida com festas e apresentações culturais organizadas no próprio cais, criando um clima de boas-vindas inesquecível. Não posso afirmar que todos os navios que atracam no Japão recebem a mesma recepção, mas, para nós, foi um momento memorável que marcou o início da descoberta dessa cidade única.

O navio atraca no Nagasaki Cruise Terminal, localizado à beira da baía central da cidade, a apenas cerca de 2 km do centro histórico, onde ficam Glover Garden, Dejima e a Chinatown. O desembarque é organizado e tranquilo, com facilidades para passageiros de cruzeiro e sinalização clara para transporte local. Do terminal, é possível explorar a cidade a pé, em passeios curtos e agradáveis, ou optar por táxis e transporte público para percursos mais longos.

Desembarcar em Nagasaki é um instante que mistura surpresa, contemplação e silêncio. À medida que o navio se aproxima da baía, as colinas verdes surgem lentamente, desenhando uma moldura quase cinematográfica ao redor da cidade.

Placa de boas-vindas no porto de Nagasaki, saudando visitantes que chegam de cruzeiro.
Placa de boas-vindas no porto de Nagasaki, saudando visitantes que chegam de cruzeiro.

Nagasaki recebe seus visitantes com uma saudação discreta e calorosa no porto.

Um Pouco Sobre Nagasaki

Nagasaki é uma cidade de contrastes intensos, onde cada rua parece guardar uma história própria. Depois da primeira impressão ao desembarcar do cruzeiro e sentir o porto vivo e acolhedor, o viajante descobre uma cidade que pulsa modernidade, mas que mantém marcas profundas de seu passado — internacional, comercial, religioso e também devastador.

Por séculos, Nagasaki foi uma das poucas portas de entrada do Japão para o mundo exterior. Comerciantes holandeses, missionários portugueses e influências chinesas moldaram não apenas sua arquitetura, mas também sua cultura e sua alma. Caminhar pelas ruas de Nagasaki é experimentar essa fusão: templos xintoístas e igrejas católicas lado a lado, avenidas largas cheias de árvores contrastando com ruelas de pedra e mercados antigos convivendo com cafés contemporâneos.

A cidade carrega uma dualidade visível e sentida em cada detalhe. De um lado, a leveza das colinas verdes, dos jardins floridos e do ritmo tranquilo da vida cotidiana. De outro, o peso silencioso dos memoriais que recordam os efeitos da bomba atômica. Essa combinação cria uma experiência singular: Nagasaki é vibrante e acolhedora, mas ao mesmo tempo exige contemplação, respeito e silêncio.

Para quem chega de navio, a cidade oferece a vantagem de poder ser explorada a pé. O terminal de cruzeiros está próximo dos principais pontos, e o ritmo das caminhadas permite absorver os detalhes: um vendedor preparando o balcão, uma criança atravessando uma praça, o reflexo da luz da tarde nas colinas. É assim, passo a passo, que Nagasaki se revela — não como uma lista de atrações, mas como uma narrativa viva que se desdobra em cada esquina.

Memorial da Paz de Nagasaki, com estátua central e placas que lembram as vítimas da bomba atômica.
Memorial da Paz de Nagasaki, com estátua central e placas que lembram as vítimas da bomba atômica.

Um instante de silêncio e reflexão no Memorial da Paz de Nagasaki, lembrando a tragédia e a resiliência da cidade.

Passeios que Marcam: Memória e História em Nagasaki

Poucos lugares no mundo conseguem concentrar tanta intensidade histórica em um espaço relativamente compacto. Em Nagasaki, quem desembarca do navio pode explorar, em um único passeio, locais que combinam tragédia, resiliência e memória. Do Parque da Paz, com suas esculturas e monumentos que convidam à reflexão, ao Museu da Bomba Atômica, onde objetos, fotografias e depoimentos humanos transformam números em histórias reais, cada ponto reforça a importância de preservar a lembrança e aprender com o passado.

Parque da Paz e Memorial da Paz

A caminhada até o Parque da Paz é curta e tranquila, partindo do porto por ruas arborizadas que já ajudam a entrar no clima de introspecção. Ao chegar, o silêncio não é vazio: ele é pesado, denso, quase palpável. As esculturas, os monumentos e a imponente estátua central são convites à reflexão. Tudo ali fala da destruição de 1945, mas também da esperança e da resiliência que permitiram à cidade se erguer novamente. Ficar em silêncio diante desse espaço é inevitável — é como se Nagasaki pedisse respeito e, ao mesmo tempo, oferecesse um abraço de memória e superação.

Museu da Bomba Atômica

Ao lado do parque está o Museu da Bomba Atômica, uma visita que vai além da história contada em livros. Fotografias, objetos pessoais, depoimentos e vídeos transformam números em rostos, estatísticas em histórias humanas. Cada sala é um chamado à empatia e à reflexão, conduzindo o visitante por um percurso silencioso. Não é apenas um museu; é uma experiência emocional que conecta passado e presente, lembrando que Nagasaki não se define pela tragédia, mas pela forma como se reconstruiu a partir dela. Ingresso: ¥200

Hipocentro e Monumento às Crianças

Próximos ao museu estão o Memorial do Hipocentro e o Monumento às Crianças. É aqui que se percebe a profundidade do impacto de 1945: o chão marca o ponto exato da explosão, e o ambiente transmite um peso que palavras não conseguem descrever. O silêncio dos visitantes contrasta com o movimento da cidade ao redor, criando uma sensação de suspensão no tempo. No Monumento às Crianças, a emoção é ainda mais intensa — um lembrete de vidas interrompidas e da necessidade de preservar a paz para as próximas gerações.


Dentro do complexo do Museu da Bomba Atômica, há um café charmoso e pequenas lojinhas de souvenirs, oferecendo uma pausa acolhedora para refletir sobre a visita e levar para casa lembranças da cidade.

Enquanto o Parque da Paz e o Museu da Bomba Atômica lembram o lado mais sombrio da história de Nagasaki, a poucos passos dali, Dejima revela como a cidade também foi uma ponte para o mundo, conectando culturas, comércio e intercâmbio internacional — uma lembrança de que Nagasaki sempre soube equilibrar memória e abertura ao futuro.

Maquetes históricas na ilha Dejima, mostrando como era a antiga ilha holandesa em Nagasaki.
Maquetes históricas na ilha Dejima, mostrando como era a antiga ilha holandesa em Nagasaki.

Miniaturas que contam a história de Dejima, revelando o passado internacional de Nagasaki.

Dejima: Um Encontro com o Passado Internacional de Nagasaki

A poucos passos do porto, cerca de 2 km do terminal de cruzeiros, encontra-se Dejima, uma ilha artificial que, no século XVII, foi construída para isolar os comerciantes holandeses e controlar o comércio com o Japão. Hoje, restaurada como museu a céu aberto, Dejima permite ao visitante caminhar por ruas estreitas, visitar casas e armazéns históricos e mergulhar na atmosfera de um passado em que Nagasaki se tornou um dos poucos pontos de contato do Japão com o Ocidente.

Explorar Dejima é mais do que observar prédios antigos: é sentir a vida de uma cidade portuária que se abriu ao mundo com regras rígidas, mas também com curiosidade e intercâmbio cultural. Cada detalhe — do layout das casas à preservação de objetos históricos — mostra como Nagasaki sempre teve um papel estratégico no comércio, na diplomacia e no encontro entre culturas. Para quem chega de cruzeiro, a proximidade do porto torna Dejima uma visita acessível e perfeita para absorver história sem precisar se deslocar longas distâncias.

Ilha de Hashima (Gunkanjima): A Força e a Decadência Industrial

A cerca de 15 km do porto, acessível apenas de barco, está a Ilha de Hashima, conhecida popularmente como Gunkanjima. Essa ilha, marcada por imensos prédios de concreto e estruturas industriais abandonadas, foi o centro da mineração de carvão no Japão entre os séculos XIX e XX. Hoje, declarada Patrimônio Mundial da UNESCO, Hashima impressiona não apenas pela arquitetura única, mas também pelas histórias das pessoas que viveram e trabalharam isoladas naquele espaço.

Visitar Hashima é experimentar uma parte diferente da história de Nagasaki: o lado industrial, marcado por progresso e abandono, que contrasta com o cotidiano urbano e os memoriais da cidade. A viagem de barco até a ilha já prepara o visitante para a sensação de isolamento e escala, tornando a experiência ainda mais impactante. Hashima revela que Nagasaki sempre esteve ligada a transformações profundas — comerciais, culturais e industriais — e que sua história vai muito além do que se vê no porto ou nas ruas centrais.

Vista panorâmica de Nagasaki a partir do Glover Garden, com o Monte Inasa
Vista panorâmica de Nagasaki a partir do Glover Garden, com o Monte Inasa

Do Glover Garden ao Monte Inasa, Nagasaki se revela em camadas de história, verde e luz sobre a baía.

Do Glover Garden ao Monte Inasa: Contemplando Nagasaki

Glover Garden

Na segunda visita à Nagasaki, decidi explorar o Glover Garden sozinha, seguindo as indicações do Maps logo após sair do porto. Logo no início, aprendi uma lição importante: tentei atravessar a rua com o sinal vermelho, mesmo sem tráfego, e a polícia local me alertou com um apito. Um lembrete claro para os visitantes: atravesse sempre no sinal verde, respeitando as regras locais.

Chegar ao jardim foi simples e direto. Os caminhos floridos, lagos ornamentais e casas ocidentais preservadas do século XIX começam a encantar desde a entrada. É nesse ponto que você compra o ingresso, pagando em torno de 600 yen, mas a experiência vale cada centavo. Caminhar livremente pelos jardins, subir até o museu no ponto mais alto e absorver a atmosfera única do local transforma a visita em um momento de contemplação e reflexão. A caminhada pelo jardim leva em torno de 1h30, permitindo explorar cada detalhe com calma e sentir a conexão com a história da cidade.

Monte Inasa: Vista Panorâmica de Nagasaki

O Monte Inasa, a cerca de 5 km do porto, oferece outra perspectiva da cidade. A subida pelo teleférico leva cerca de 5 minutos, mas recomenda-se reservar 1h a 1h30 para explorar o mirante, contemplar a cidade e registrar fotos. De lá, a cidade se revela em 360 graus: durante o dia, o porto, as colinas e a urbanização aparecem em cores suaves; à noite, as luzes criam um mosaico suspenso no tempo. Subir ao Monte Inasa reforça a sensação de que Nagasaki se revela aos poucos, camada por camada, unindo natureza, arquitetura e vida cotidiana.

Combinando os Dois Passeios

É possível combinar Glover Garden e Monte Inasa pela manhã, enriquecendo a experiência. Enquanto Glover Garden oferece intimidade, história e contemplação nos jardins e casas preservadas, o Monte Inasa proporciona uma visão ampla e panorâmica da cidade, conectando os detalhes do cotidiano urbano à paisagem natural. Juntos, esses dois passeios permitem sentir Nagasaki em diferentes dimensões, absorvendo tanto o passado histórico quanto a energia da cidade moderna.

Rua de pedra na Dutch Slope, Nagasaki, cercada por antigas casas de mercadores estrangeiros.
Rua de pedra na Dutch Slope, Nagasaki, cercada por antigas casas de mercadores estrangeiros.

Caminhar pela Dutch Slope é viajar no tempo, entre pedras, casas antigas e a história internacional de Nagasaki.

Experiências Culturais e Arquitetônicas

Ponte Óculos (Meganebashi)

A Ponte Óculos, ou Meganebashi, fica a cerca de 2 km do terminal de cruzeiros, um passeio a pé de aproximadamente 25 a 30 minutos por ruas tranquilas do centro. Caminhar até lá é um convite a notar detalhes que muitas vezes passam despercebidos na rotina urbana. O arco da ponte se reflete nas águas calmas do rio, criando uma simetria quase poética, lembrando que Nagasaki valoriza estética, história e memória. Cada passo sobre o paralelepípedo desperta atenção à delicadeza da arquitetura local, e parar por um instante para contemplar a reflexão na água permite absorver a cidade de forma íntima. Reservar cerca de 30 minutos é suficiente para sentir a atmosfera e tirar fotos.

Igreja Católica de Oura

A Igreja Católica de Oura, a cerca de 5 minutos a pé da Ponte Óculos, é um marco da persistência cultural, reconstruída após a bomba atômica. Cada tijolo e vitral carregam histórias de sobrevivência e fé. Passar por ali é sentir a conexão entre tradição, renascimento e resistência, um momento de contemplação que se soma à experiência histórica da cidade. Recomenda-se reservar 20 a 30 minutos para absorver a atmosfera e explorar os detalhes da igreja.

Dutch Slope

A Dutch Slope, também próxima — cerca de 10 minutos caminhando da igreja — revela o lado internacional de Nagasaki. Suas ruas de pedra, ladeadas por antigas casas de mercadores estrangeiros, permitem imaginar a cidade nos séculos passados, quando era um ponto de encontro de culturas. Caminhar lentamente por esse trecho exige cerca de 20 a 30 minutos, e cada esquina oferece detalhes arquitetônicos e histórias silenciosas que conectam passado e presente.

Tram elétrico de Nagasaki parado na estação, pronto para transportar passageiros pelo centro histórico.
Tram elétrico de Nagasaki parado na estação, pronto para transportar passageiros pelo centro histórico.

O tram elétrico de Nagasaki, silencioso e charmoso, conecta ruas históricas e bairros da cidade.

Outras Experiências e o Cotidiano

Nagasaki Shinchi Chinatown

A Nagasaki Shinchi Chinatown fica a cerca de 15 minutos a pé da Dutch Slope, seguindo ruas que começam a ganhar o ritmo do cotidiano local. Entrar na Chinatown é mergulhar em cores, aromas e sons que revelam a influência chinesa na cidade. Pequenos restaurantes, lojas de doces e mercados criam um ambiente vibrante, onde é possível sentir a fusão cultural de Nagasaki. Caminhar pelas ruas e observar a vida local leva cerca de 30 a 45 minutos, tempo suficiente para absorver o clima, tirar fotos e provar algumas delícias típicas.

Nagasaki Electric Tramway

Para explorar partes mais distantes ou simplesmente vivenciar o cotidiano da cidade, o Nagasaki Electric Tramway é uma opção encantadora. As linhas do bonde ligam os principais pontos turísticos do centro histórico, incluindo a Chinatown, Ponte Óculos e Dutch Slope. Um trajeto típico de 15 a 20 minutos permite sentir a cidade de uma perspectiva diferente, entre o movimento local e a arquitetura que se desenrola pelas ruas. É uma experiência que combina praticidade e imersão cultural, perfeita para quem gosta de observar o ritmo urbano de perto.

Ponte sobre a marina de Nagasaki, com barcos ancorados e colinas da cidade ao fundo.
Ponte sobre a marina de Nagasaki, com barcos ancorados e colinas da cidade ao fundo.

A ponte sobre a marina de Nagasaki convida a contemplar a cidade entre água, barcos e colinas verdes.

Clima em Nagasaki

Nagasaki tem um clima temperado, com quatro estações bem definidas.

  • Primavera (março a maio): temperaturas médias entre 12°C e 20°C, ideal para caminhar e observar flores, incluindo as cerejeiras. Um casaquinho leve é recomendado, especialmente pela manhã ou no fim da tarde, quando o vento do mar pode refrescar.

  • Verão (junho a agosto): quente e úmido, com médias entre 25°C e 30°C. Roupas leves são essenciais, mas mesmo assim, um casaquinho leve pode ser útil em locais com ar-condicionado.

  • Outono (setembro a novembro): temperaturas entre 15°C e 22°C, agradáveis para explorar a cidade a pé. Um casaquinho é útil principalmente nas manhãs e noites mais frescas.

  • Inverno (dezembro a fevereiro): frio moderado, entre 5°C e 12°C, com vento constante vindo do mar. Um casaquinho ou jaqueta mais quente é necessário, especialmente ao caminhar pelos mirantes e jardins ao ar livre.

O clima em Nagasaki muda rapidamente, e o vento marinho torna qualquer passeio ao ar livre mais fresco. Levar um casaquinho, mesmo em dias ensolarados, garante conforto durante toda a visita, seja no Glover Garden, Monte Inasa ou caminhando pelas ruas históricas.

Autora contemplando a paisagem de Nagasaki, entre colinas verdes, a cidade e a baía.
Autora contemplando a paisagem de Nagasaki, entre colinas verdes, a cidade e a baía.

Entre a serenidade da baía e as colinas verdes, Nagasaki revela sua história e emoção a cada olhar.

Conclusão: Nagasaki, Uma Cidade que Toca a Alma

Nagasaki é uma cidade altamente segura, limpa, organizada e eficiente, perfeita para o viajante que desembarca de cruzeiro. Aqui, até nas ruas públicas é proibido fumar, e respeitar as regras de trânsito é essencial — um pequeno detalhe que reforça a disciplina e o cuidado da cidade com quem a visita. Para compras e pagamentos, é obrigatório ter yen em espécie, embora cartões de crédito também sejam amplamente aceitos e seguros. Comparada a Tóquio, Nagasaki não é um dos destinos mais caros do Japão, e a moeda local continua sendo a forma mais prática e recomendada para explorar a cidade com liberdade.

Nos últimos anos, Nagasaki tem se tornado um destino popular na rota de cruzeiros pelo Japão. Com planejamento, é possível visitar todas as atrações mencionadas aqui em uma escala, caminhando e absorvendo cada detalhe da cidade. Para quem prefere excursões, o ideal é reservar direto com o navio, que oferece guias japoneses fluentes em inglês. Em muitas atrações, sempre há alguém que fala inglês, mas a população mais idosa se comunica apenas em japonês — e é justamente esse contato autêntico que torna a experiência mais rica.

Este porto (cidade) me tocou de uma forma que é difícil de colocar em palavras. Nagasaki é um destino que toca a alma de quem visita. Não dá para permanecer indiferente diante de sua história: nos museus, nos vídeos e animações, na réplica da bomba, ou apenas caminhando entre memoriais e ruas históricas, a sensação de tristeza e reflexão é inevitável.

Quem caminha por Nagasaki leva consigo algo que vai muito além das fotos: a sensação de uma cidade que respira, observa e persiste, permanecendo no coração muito depois de zarpar.

Encantou-se com Nagasaki?

Continue explorando o Japão pelos portos e descubra histórias únicas nos artigos selecionados abaixo ↓