Mar do Norte: Descubra os Melhores Portos para sua Escala de Cruzeiro

Por: Elisa Magalhães

Navegar pelo Mar do Norte é uma experiência que combina tradição marítima, paisagens costeiras dramáticas e cidades com história e cultura. Entre a Escandinávia, a Islândia, o Reino Unido e a Europa continental, este mar conecta-se ao Atlântico Norte, ao Mar da Noruega e ao Mar Báltico, tornando-se uma rota estratégica, cheia de opções para quem viaja de cruzeiro.

Embora suas águas sejam mais frias e o clima mais instável que no Mediterrâneo, o Mar do Norte apresenta cenários únicos: fiordes gelados, vilarejos medievais, cidades portuárias modernas e metrópoles vibrantes. A proximidade entre os portos permite escalas dinâmicas, explorando cultura, gastronomia e natureza em poucos dias, sempre com conforto e praticidade.

Porto de Reykjavik (Islândia)

O principal porto de cruzeiros da Islândia fica na costa sudoeste e permite atracação de grandes navios, com acesso direto ao centro histórico — cerca de 1 km, percorrível a pé em 10–15 minutos.

O que fazer e ver:

• Hallgrímskirkja: A igreja que é um ícone arquitetônico com vista panorâmica da cidade, a 1 km do porto.
  

• Harpa Concert Hall: impressionante prédio à beira-mar, 1,2 km do terminal, ótimo para fotos e eventos culturais.
  

• Artsy Walk: ruas próximas com cafés, lojas de artesanato e pequenas galerias (5–10 min a pé).
  

• Círculo Dourado: excursão de 6–8 horas para geisers, cachoeiras e lagoas termais, saindo do porto.
  
  

Atracação:

• Grandes navios: atracação direta no Reykjavik Old Harbour.
  

• Cruzeiros menores: desembarque rápido e seguro.
  
  

Ideal para: natureza, cultura, gastronomia e passeios urbanos.
Taxa portuária: €25–35 por passageiro.
Arredores do porto: cafés, restaurantes, boutiques e promenade à beira-mar.

Porto de Akureyri (Islândia)

Localizado no fiorde Eyjafjörður, na costa norte, recebe navios médios e fica a 500 m do centro histórico (5–10 min a pé).

O que fazer e ver:

• Jardins botânicos e ruas charmosas com lojas locais.
  

• Observação de baleias: saídas de 2–3 horas pelo fiorde.
  

• Cachoeiras e trilhas próximas: excursões curtas a 15–30 min do porto.
  
  

Atracação:

• Navios médios: atracação direta.
  

• Grandes navios: uso de tenders.
  
  

Ideal para: natureza, passeios tranquilos e vida selvagem.
Taxa portuária: €15–25 por passageiro.
Arredores do porto: cafés acolhedores, pequenas galerias, fácil acesso a excursões.

Porto de Invergordon (Escócia)

No Cromarty Firth, 20 km de Inverness (aprox. 30 min de transfer), com acesso às Highlands. Recebe navios de todos os tamanhos.

O que fazer e ver:

• Excursões a castelos históricos e vilarejos costeiros (6–8 horas).
  

• Passeios por lagos e rotas panorâmicas.
  

• Experiências culturais com tradição gaélica, música e culinária local.
  
  

Atracação:

• navios grandes e médios: direta.

• Transfers: organizados pelo navio para Inverness e Highlands.

Ideal para: história, natureza e turismo cultural.
Taxa portuária: €10–20 por passageiro.
Arredores do porto: pequenas lojas de artesanato, cafés e trilhas curtas à beira do fiorde.

Porto de Zeebrugge (Bélgica)

Porta de entrada para Bruges, 17 km do centro histórico (aprox. 25 min de transfer). Porto moderno com facilidades completas.

O que fazer e ver:

• Passeios pelos canais e praças medievais.
  

• Degustação de chocolates, cervejas e culinária típica.
  

• Excursões de barco e visitas a museus locais.
  
  

Atracação: grandes navios: direta.

Ideal para: turismo histórico, gastronomia e passeios urbanos.
Taxa portuária: €20–30 por passageiro.
Arredores do porto: cafés, restaurantes, lojas de souvenirs, fácil acesso ao centro via transfer ou táxi.

Porto de Amsterdã (Holanda)

O terminal de cruzeiros da cidade fica a 15 km do centro (aprox. 25 min de transfer). Para navios menores, atracação direta próxima ao centro.

O que fazer e ver:

• Museus: Van Gogh, Rijksmuseum, Casa de Anne Frank.
  

• Passeios pelos canais e bairros históricos.
  

• Experiências locais: mercados, cafés e aluguel de bicicletas.
  

• Excursões rurais: campos de tulipas e tours guiados pelos canais.
  
  

Atracação: grandes navios: terminal moderno com transfers.
Ideal para: cultura, museus, passeios urbanos e exploração de canais.
Taxa portuária: €25–35 por passageiro.
Arredores do porto: restaurantes, lojas, cafés e transporte público fácil.

Porto de Roterdã (Holanda)

Maior porto da Europa, na foz do rio Reno, 10 km do centro (aprox. 20 min de transporte público).

O que fazer e ver:

• Arquitetura moderna, museus contemporâneos e passeios de barco pelo porto industrial.
  

• Vida urbana vibrante: cafés, lojas e galerias.
  
  

Atracação: todos os portes: direta.
Transporte público: conecta porto e centro urbano.

Ideal para: arquitetura, passeios urbanos e turismo industrial.
Taxa portuária: €20–30 por passageiro.
Arredores do porto: área industrial com passeios guiados, cafés e transporte direto ao centro.

Temporada de Cruzeiros no Mar do Norte

Navegar pelo Mar do Norte é uma experiência que muda completamente conforme a estação do ano. No verão (junho a agosto), os dias chegam a ter até 18 horas de luz, com temperaturas entre 12 °C e 20 °C — clima ideal para passeios ao ar livre, excursões de barco e exploração das cidades históricas. No entanto, chuvas rápidas e neblina costeira podem surpreender, exigindo sempre um casaco impermeável à mão.

Na primavera (abril a maio) e no outono (setembro a outubro), o clima é mais fresco e os ventos marcam presença constante. Essas estações são procuradas por quem prefere portos menos movimentados e cidades sem excesso de turistas, além de oferecerem paisagens únicas: tulipas em Amsterdã, colinas verdes nas Highlands escocesas e cores vibrantes de outono em Bruges.

Já o inverno (novembro a março) é a época mais desafiadora, com temperaturas baixas, ventos fortes e dias curtos. Em compensação, é a temporada dos preços reduzidos e da chance de viver um ambiente autêntico, sem as multidões de verão. Para quem busca experiências diferentes, a Islândia revela sua atmosfera de mistério com auroras boreais visíveis em noites claras.

Navios que Navegam pelo Mar do Norte

Companhias de cruzeiro renomadas como MSC Cruises, Costa, Royal Caribbean, Norwegian Cruise Line e Cunard operam itinerários variados na região. Enquanto navios grandes priorizam cidades icônicas como Amsterdã e Roterdã, navios menores alcançam portos intimistas como Akureyri e Invergordon, garantindo uma combinação de metrópoles modernas, vilarejos medievais e paisagens naturais isoladas. Essa diversidade permite ao passageiro escolher entre roteiros de curta duração ou travessias mais longas pelo norte da Europa.

Informações Práticas:

• Serviços básicos: todos os portos oferecem áreas de descanso, informações turísticas e cafés; em alguns, há Wi-Fi gratuito.

  
  

• Distâncias e acessibilidade: atrações próximas podem ser exploradas a pé; para passeios longos, transfers e excursões organizadas são indispensáveis.

• Custos e moeda: países do Mar do Norte têm custos distintos; a Islândia, por exemplo, é considerada mais cara, enquanto Bruges e Inverness oferecem preços mais acessíveis. Ter moeda local (coroa islandesa, libra esterlina ou euro) facilita pequenas compras.

  
  

• Idioma e comunicação: o inglês é amplamente falado em todos os portos, o que torna a comunicação fácil.

Segurança nos Portos e Cidades

Viajar pelo Mar do Norte é considerado seguro, mas atenção é sempre essencial, tanto nos portos quanto nas cidades próximas.

• Portos: todos seguem as normas internacionais ISPS (International Ship and Port Facility Security Code), que garantem controle rigoroso de acesso, vigilância constante e inspeções de bagagem. Em portos maiores, como Amsterdã, Roterdã e Reykjavik, é comum ver policiamento visível, sistemas de câmeras e equipes médicas de prontidão para emergências. Nos portos menores, como Akureyri e Invergordon, o ambiente é mais tranquilo, mas a atenção aos pertences pessoais continua sendo indispensável, já que áreas de desembarque podem ficar cheias em horários de pico.
  
  

• Cidades: cada escala tem suas particularidades.
  
  

  • Amsterdã: áreas turísticas, como o Red Light District e os arredores dos canais, ficam muito movimentadas à noite; é importante cuidado extra com bolsas, celulares e documentos.
    
    

  • Bruges: o centro medieval é seguro, mas suas ruas estreitas e cheias de turistas podem facilitar pequenos furtos.
    
    

  • Inverness e Highlands: a Escócia oferece um dos ambientes mais tranquilos, mas atenção é necessária em transfers mais longos.
    
    

  • Reykjavik e Akureyri: a Islândia é um dos países mais seguros do mundo, mas a natureza exige cautela — trilhas escorregadias e clima instável podem causar imprevistos em passeios fora do porto.
    
    

• Comportamento prudente:
  
  

  • Utilize transporte confiável, seja transfer oficial do navio, táxi credenciado ou transporte público indicado pelo terminal.
    

  • Planeje o retorno ao navio com antecedência e verifique sempre os horários de encerramento dos transfers e shuttles.
    
    

  • Evite consumo excessivo de álcool ou outras substâncias, já que autoridades locais e portuárias podem barrar o reembarque de passageiros que apresentem risco em portos como Amsterdã.
    
    

Turistas brasileiros: não precisam de visto para turismo de até 90 dias na Islândia, Escócia, Holanda ou Bélgica. Basta apresentar um passaporte válido com, no mínimo, 6 meses de validade.

Conclusão:

O Que Esperar ao Navegar Pelo Mar do Norte

Cruzar o Mar do Norte é viver uma sucessão de contrastes que nenhum outro roteiro europeu oferece em tão poucos dias. Em Reykjavik, o navio aporta em uma capital onde a modernidade se mistura ao vapor das fontes geotérmicas e à promessa de paisagens lunares além do porto. Mais ao norte, Akureyri abre caminho para fiordes estreitos e para o espetáculo das baleias emergindo das águas geladas.

Na Escócia, o pequeno porto de Invergordon guarda um ar industrial, mas basta seguir alguns quilômetros para estar diante das terras altas, com castelos, lagos e lendas que parecem suspensas no tempo. Já em Zeebrugge, a atmosfera muda completamente: trens rápidos conectam o passageiro às ruas medievais de Bruges, onde canais silenciosos refletem torres de pedra e vitrines de chocolate.

E quando o navio chega à Holanda, a viagem se abre para grandes cidades: Amsterdã, com museus renomados, bairros vibrantes e a energia cosmopolita de seus canais; e Roterdã, onde a arquitetura contemporânea ergue-se em contraste direto com a tradição marítima do porto.

Essa diversidade de escalas transforma cada itinerário em um mosaico: de paisagens naturais quase intocadas a centros urbanos pulsantes. Para quem viaja de cruzeiro, o Mar do Norte oferece um retrato condensado da Europa do Norte em sua forma mais autêntica — tradição, cultura e natureza reunidas em uma travessia que nunca se repete da mesma maneira.

Cada escala no Mar do Norte é uma oportunidade de descobrir paisagens únicas, culturas autênticas e experiências que ficam na memória.

Explore os destinos do Mar do Norte e transforme sua viagem em uma jornada inesquecível ↓