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Hong Kong em Cruzeiro: Como é Chegar de Navio a Uma das Cidades Mais Vibrantes da Ásia
Descubra como é a aproximação pela baía, a chegada ao porto no coração da cidade e o impacto de ver de perto essa metrópole que mistura tradição e modernidade, com arranha-céus refletidos no mar, mercados vibrantes, templos históricos e noites iluminadas sobre o Victoria Harbour.
ÁSIACHINAHONG KONGOCEANO PACÍFICO
The Roaming Purser
9/9/202516 min read


Hong Kong: A Chegada pelo Mar
Chegar a Hong Kong de navio é uma experiência que por si só já valeria a viagem. Depois de cruzar as águas movimentadas do Mar da China Meridional, a aproximação começa a ganhar contornos mágicos quando o navio entra na baía. Pequenas embarcações cruzam para todos os lados — ferries, cargueiros, barcos de pesca e catamarãs rápidos — num cenário que transmite de imediato a intensidade marítima da cidade. Enquanto os passageiros fotografam a paisagem, quem está na orla também não perde a oportunidade de observar a elegância de um navio de cruzeiro entrando na cidade.
Aos poucos, os arranha-céus vão se desenhando no horizonte, formando uma muralha futurista emoldurada por montanhas verdes ao fundo. É uma visão de impacto: uma metrópole que cresce para o alto, refletida no mar. Cada minuto de aproximação revela novos ângulos, pontes imensas e ilhas urbanizadas, até que o navio finalmente âncora no coração da cidade.
Por: Elisa Magalhães
Chegar a Hong Kong pelo mar é um espetáculo à parte — mesmo sem sol, a neblina dá à baía um ar quase cinematográfico.


O Porto e a Segurança
O terminal de cruzeiros de Hong Kong impressiona pela localização central e pela praticidade. Ancorar no coração da cidade significa estar a poucos minutos a pé de estações de metrô, pontos de ônibus, shoppings e áreas movimentadas, o que facilita muito a vida de quem deseja explorar logo após o desembarque.
Ao mesmo tempo, a sensação de segurança é absoluta. Há policiamento constante — tanto uniformizado quanto à paisana — além de cães farejadores, forças especiais em pontos estratégicos e câmeras de vigilância (CCTV) espalhadas por todos os lados.
Para passageiros em trânsito, que permanecem no navio, o processo costuma ser mais ágil. Já para quem desembarca em definitivo, as inspeções podem ser mais rigorosas. Respeitar todas as regras é fundamental: tentar sair com itens proibidos do navio é considerado infração grave e pode resultar no cancelamento do visto ou até mesmo na proibição de visitas futuras.
O mesmo cuidado vale no retorno: objetos adquiridos em terra que não são permitidos a bordo serão confiscados ainda na segurança do navio, mesmo que tenham passado pelo controle do porto.
O Processo de Imigração
Antes de começar a explorar Hong Kong, todos os passageiros passam pelo processo de imigração, organizado e exigente, comparável ao rigor dos Estados Unidos. A tripulação orienta cada detalhe, e seguir as instruções é essencial para evitar problemas. Ao chegar, os passageiros terão suas impressões digitais coletadas e uma foto tirada, parte do procedimento padrão.
Para os viajantes brasileiros, o processo costuma ser tranquilo, mas requer planejamento:
Visto: brasileiros não precisam de visto para turismo em Hong Kong em estadias de até 90 dias, mas o passaporte deve estar válido por pelo menos seis meses.
Formulário de Entrada: um cartão de imigração é entregue ainda no navio ou no terminal; deve ser preenchido cuidadosamente e apresentado no guichê.
Controle Rigoroso: perguntas sobre o motivo da viagem, tempo de permanência e endereço em Hong Kong são comuns.
Carimbo e Comprovante: além do carimbo no passaporte, é entregue um comprovante que deve ser guardado até a saída do território — ele será solicitado no retorno ao navio ou no embarque aéreo.
Esse ritual pode parecer burocrático, mas faz parte da rotina de quem chega a uma das cidades mais dinâmicas e estratégicas da Ásia. Uma vez concluído, a cidade se abre em toda a sua intensidade, misturando tradição e modernidade em cada esquina.
Um passeio de barco pela baía de Hong Kong em um dia claro — a cidade se revela ainda mais vibrante vista da água.


Transportes e Conexões
Explorar Hong Kong é surpreendentemente fácil. Eu mesma fiz grande parte a pé, usando táxis apenas para destinos mais distantes e à noite. O ferry também é uma forma excelente de circular, além de fazer parte da experiência da cidade. Apesar das instruções em inglês, sempre vale calcular bem a rota: nos terminais de ônibus e metrô, o inglês nem sempre é amplamente falado. Em uma das minhas tentativas de chegar à Ilha de Lantau, por exemplo, acabei embarcando para Lamma Island — mesmo tendo pedido o bilhete em inglês, acabei comprando o ticket errado. Mas, no fim, não foi perdido: aproveitei para explorar também essa ilha charmosa, que falarei em outro artigo sobre essa experiência.
Do ponto de vista prático, a malha de transportes torna Hong Kong uma das escalas mais simples de explorar por conta própria:
MTR (metrô): estações próximas ao porto; rede extensa e eficiente que conecta desde a Central até a Disneyland, Lantau e o aeroporto.
Ferries: a poucos passos do terminal; o mais famoso é o Star Ferry, conectando Kowloon à Ilha de Hong Kong em minutos, em uma das travessias urbanas mais cênicas do mundo. Píer do Star Ferry: ~500 m, 5–10 min de travessia.
Ônibus e Minibuses: passam pelo entorno do porto e alcançam tanto áreas centrais quanto bairros afastados.
Táxis: abundantes e organizados em pontos oficiais; é recomendável ter o endereço escrito em caracteres chineses.
Airport Express: conexão rápida para o aeroporto internacional, acessível a partir da estação Kowloon, próxima ao porto.
Seja para conhecer templos históricos, subir até o Victoria Peak, passear pelos mercados de Kowloon ou simplesmente se perder entre ruas iluminadas de neon, em minutos todas essas opções já estão ao alcance.
Do Porto ao Centro da Cidade
Uma das grandes vantagens de Hong Kong como porto de cruzeiros é a proximidade com o centro. Diferente de outros destinos, em que é preciso enfrentar longos traslados, aqui basta alguns minutos para estar em áreas icônicas da metrópole.
Ocean Terminal (Tsim Sha Tsui, Kowloon): é o mais central de todos. O terminal faz parte de um complexo de shopping, hotéis e restaurantes, e está colado à Nathan Road — uma das principais artérias de Kowloon. Dali, atravessar até a Ilha de Hong Kong leva apenas cerca de 10 minutos pelo Star Ferry ou de metrô. É praticamente “desembarcar dentro da cidade”.
Kai Tak Cruise Terminal: construído no antigo aeroporto de Hong Kong, recebe os navios maiores. Fica um pouco mais afastado, a cerca de 20 minutos de carro de Tsim Sha Tsui e 30 minutos até Central, na Ilha de Hong Kong. Apesar da distância maior, é muito bem conectado: ônibus, shuttles e táxis fazem a ligação direta, e o metrô também é acessível a partir de estações próximas.
Com tantas opções de transporte eficientes ao redor do porto, chegar ao coração de Hong Kong é rápido e fácil, permitindo que você mergulhe na cidade em poucos minutos.
O ferry de Hong Kong: passeio cênico e transporte eficiente em um só.


O Que Fazer no Centro de Hong Kong
Estar no centro de Hong Kong é se ver cercado por movimento constante: ferries que cruzam a baía, letreiros de neon que disputam atenção e arranha-céus que brilham noite adentro. A poucos passos do porto, já se revelam alguns dos ícones mais marcantes da cidade.
Victoria Harbour / Calçadão de Tsim Sha Tsui
O cartão de visitas de Hong Kong. Caminhar pelo calçadão leva cerca de 10 a 15 minutos a pé desde o terminal de cruzeiros. A vista da Ilha de Hong Kong impressiona ainda mais ao entardecer, e à noite com um espetáculo de cores e lasers.Avenida das Estrelas
Inspirada em Hollywood Boulevard, mas dedicada aos grandes nomes do cinema local, como Bruce Lee. Praticamente ao lado do calçadão, a caminhada até lá também dura 10–15 minutos, e o local é perfeito para fotos e passeios à beira-mar.Nathan Road
A Golden Mile de Kowloon está a menos de 1 km do porto — cerca de 15 minutos a pé. Letreiros de neon, lojas e restaurantes traduzem a energia urbana de Hong Kong.Temple Street Night Market
Cerca de 20–25 minutos a pé ou poucos minutos de metrô, este mercado noturno clássico mistura barracas de comida de rua, roupas e quinquilharias, revelando o lado popular da cidade.Victoria Peak
Para chegar ao ponto mais alto da Ilha de Hong Kong, primeiro é preciso atravessar a baía de ferry (10 minutos) e depois embarcar no famoso Peak Tram. A subida é uma experiência à parte: os trilhos seguem em um ângulo íngreme, oferecendo janelas que revelam a cidade se transformando gradualmente à medida que você sobe. Arranha-céus, ruas sinuosas e vegetação se alternam até o topo, criando aquela sensação única. Cada ângulo rende fotos memoráveis e faz você perceber o quanto a cidade combina verticalidade, natureza e mar de forma impressionante.
Central District e Templo Man Mo
O coração financeiro da cidade fica a cerca de 10 minutos de ferry do porto. Entre arranha-céus icônicos, como o Bank of China Tower e a sede do HSBC, ruas em desnível guardam cafés, bares e o bonde histórico de dois andares. O Templo Man Mo, dedicado aos deuses da literatura e da guerra, é um refúgio silencioso a 15 minutos de bonde ou táxi após atravessar a baía.
Essa mistura de tradição, modernidade e proximidade faz com que explorar Hong Kong seja simples, mesmo em uma escala curta: em poucos minutos a pé, de ferry ou de bonde, o viajante se encontra imerso na verdadeira essência da cidade.
E se o coração de Hong Kong pulsa em terra firme, parte da experiência está também no mar — e os ferries são a porta de entrada para isso.
Rua movimentada do centro de Hong Kong, com o icônico ônibus de dois andares circulando entre prédios e pedestres.


Passeios de Ferry e a Vista da Baía
Nenhuma visita a Hong Kong está completa sem um passeio de ferry. A cidade nasceu e cresceu voltada para o mar, e é navegando pelo Victoria Harbour que se entende sua verdadeira dimensão.
Star Ferry
Ícone absoluto e talvez o transporte mais fotogênico do mundo. As embarcações verdes e brancas atravessam o porto ligando Kowloon à Ilha de Hong Kong em cerca de 10 minutos. A tarifa é simbólica, mas a experiência é inestimável: de um lado, os arranha-céus de Central; do outro, a muralha urbana de Kowloon, sempre refletida nas águas movimentadas. Ao entardecer, a travessia ganha ainda mais encanto, e à noite, com a cidade iluminada, torna-se inesquecível.
Ilha de Lantau
Conhecida pelo Grande Buda de Tian Tan e pelo mosteiro de Po Lin, Lantau é a maior das ilhas e guarda áreas ainda verdes, com trilhas e vilarejos de pescadores. O ferry sai do Central Ferry Pier, a cerca de 15 minutos de carro do terminal de cruzeiros, e a travessia até Mui Wo dura em média 35 a 40 minutos. A viagem já mostra outro lado de Hong Kong, mais contemplativo e espiritual.
Ilha de Lamma
O oposto do ritmo frenético da metrópole. Lamma é pequena, sem carros, com atmosfera boêmia e restaurantes de frutos do mar à beira-mar. O ferry parte de Central Pier (também a uns 15 minutos do porto) e leva 25 a 30 minutos até a vila de Yung Shue Wan. Trilhas leves ligam as vilas principais e rendem vistas panorâmicas da costa.
Ilha de Cheung Chau
Mais tradicional e com forte identidade local. Suas ruas estreitas, bicicletas no lugar de carros e templos antigos mantêm um clima de vila de pescadores que parece resistir ao tempo. O ferry sai do Central Pier e a viagem dura cerca de 35 a 40 minutos. A ilha é famosa pelo Festival do Pão (Bun Festival), mas mesmo fora dessa época encanta pela autenticidade.
Explorar essas ilhas vizinhas é descobrir que Hong Kong vai muito além dos arranha-céus: em menos de uma hora, você pode trocar o coração financeiro global por praias tranquilas, templos milenares e comunidades que vivem em outro ritmo. Esse contraste é parte essencial do charme da cidade.
Em um futuro post vou contar em detalhes minhas experiências nessas ilhas — desde a subida ao Grande Buda de Lantau até o clima descontraído de Lamma e o cotidiano de Cheung Chau.
Pier de embarque do ferry em Hong Kong, ponto de partida para passeios noturnos pela baía iluminada.


O Que Fazer em Hong Kong à Noite Durante um Cruzeiro
Luzes e Panorama da Cidade
Se de dia Hong Kong impressiona, à noite ela deslumbra. Vista do convés do navio, a cidade se transforma em um verdadeiro espetáculo: arranha-céus iluminados refletem suas cores no Victoria Harbour, dando a sensação de estar diante de um painel vivo. Assistir a esse show privilegiado — seja do navio ou do calçadão de Tsim Sha Tsui — é uma experiência memorável.
Bares e Rooftops
A vida noturna em terra não perde fôlego. Nos rooftops da cidade — perfeitas para um brinde a baía iluminada transforma qualquer drink em experiência inesquecível.
Geralmente há taxa de entrada e consumação mínima, e os locais são muito movimentados, então é recomendada reserva. Para quem gosta de altura e de cenários impactantes, essa é uma experiência imperdível.
Mercados Noturnos e Comida de Rua
Em Kowloon, mercados noturnos como o Temple Street Night Market mostram outro lado da cidade: bancas de comida de rua, lanternas coloridas, aromas intensos e aquela energia caótica típica de Hong Kong. Confesso que os cheiros aqui foram dos mais intensos que já experimentei na vida — alguns alimentos, como vísceras, testículos, cabeças de animais e olhos, podem até intimidar o paladar. Para os fortes, a aventura vale; para mim, caminhando por ali, chegou a me fazer perder o apetite, e não sou exigente com comida de rua.
Por outro lado, a cidade oferece restaurantes de todos os estilos e preços. Mesmo comendo no navio, não resistimos a provar as famosas patas de caranguejo, absolutamente deliciosas — embora a refeição custasse pelo menos 50 dólares por pessoa.
Compras
Hong Kong também é um polo de compras noturno e diurno. O famoso Ladies Market oferece de tudo, de lembrancinhas a réplicas de grandes marcas como bolsas e perfumes. Minha expectativa era alta, mas a decepção veio: preços relativamente elevados comparados à Europa ou EUA e algumas peças de qualidade duvidosa. Para compras de alto padrão, existem lojas de luxo como Prada e Chanel entre outras.
Entretenimento
A noite de Hong Kong também é palco para o entretenimento adulto. Clubs e bares espalhados pela cidade oferecem drinks e música para dançar até altas horas. Esse tipo de atividade é buscado por muitos passageiros de navios que passam a noite na cidade, oferecendo uma experiência vibrante e sofisticada em paralelo ao turismo clássico.
É na noite que Hong Kong mostra sua face mais teatral — elegante, barulhenta, sofisticada e popular ao mesmo tempo. Uma noite na cidade nunca é apenas o fim de um dia; é um espetáculo que começa quando as luzes se acendem e continua bem depois da meia-noite, com infinitas possibilidades para cada tipo de viajante.
Ruas e restaurantes de Hong Kong à noite: luzes, aromas e a animação da cidade em cada esquina.


Overnights em Hong Kong
Em cruzeiros, overnight significa que o navio fica atracado durante a noite: chega pela manhã, dá tempo de aproveitar o dia e a noite na cidade, e só parte na noite seguinte — é como ter quase dois dias inteiros para explorar o destino.
Ter Hong Kong como escala com overnight é um privilégio raro e que muda completamente a experiência. Enquanto em muitas cidades portuárias o navio parte no início da noite, aqui ele permanece atracado, permitindo que se viva a metrópole em dois tempos: o dia frenético e a noite hipnótica.
Do convés, a sensação é única. Você adormece com a cidade iluminada refletida no Victoria Harbour e desperta com o movimento matinal da baía, ferries cruzando de um lado para o outro e a névoa suave envolvendo os arranha-céus. É como ter uma janela privilegiada para uma das vistas urbanas mais emblemáticas do mundo.
Para quem desembarca, o overnight oferece tempo para explorar sem pressa. É possível sair ao entardecer para ver o Symphony of Lights, passear pelos mercados noturnos de Kowloon e ainda voltar ao navio com a cidade ainda acordada. No dia seguinte, a escala continua, abrindo espaço para templos, trilhas ou uma escapada de ferry para as ilhas próximas.
Do ponto de vista da operação, não é por acaso que Hong Kong seja escolhida para overnight. A cidade é um hub fundamental na rota marítima da Ásia, servindo como ponto de embarque e desembarque de passageiros, além de troca de tripulação e abastecimento do navio. Essa logística estratégica garante que os navios permaneçam mais tempo em porto, o que para o viajante é um presente raro: viver Hong Kong sem o relógio apertado de uma escala curta.
A imagem não faz jus à experiência completa; a sorte do overnight é poder explorar a cidade até altas horas e voltar ao navio com tranquilidade.


Quanto Custa Explorar Hong Kong
Hong Kong não é uma cidade barata. Tanto atrações turísticas quanto jantares, táxis e compras podem elevar rapidamente os gastos. Alguns pontos importantes para considerar:
Moeda: o dólar de Hong Kong (HKD) é a forma mais prática de pagar. Alguns navios oferecem câmbio a bordo, mas é possível trocar dinheiro próximo ao porto. Muitas atrações aceitam apenas dinheiro, então é essencial ter algum valor local.
Transporte: táxis são relativamente acessíveis, mas viagens mais longas podem sair caro. O MTR (metrô) e os ferries são opções mais econômicas e rápidas.
Atrações: entradas em museus, o Peak Tram, jardins e outros passeios turísticos têm preços variados — geralmente não são caros, mas somados podem pesar no orçamento.
Alimentação: comer na cidade pode ser caro, dependendo do restaurante. No entanto, o navio permite entrar e sair várias vezes, o que ajuda a equilibrar o orçamento. Uma alternativa é aproveitar refeições no navio e depois experimentar algo rápido ou barato em terra, especialmente próximo ao porto.
Compras: lembrancinhas, moda local e luxo têm preços que variam bastante. O Ladies Market oferece produtos mais baratos, mas é preciso atenção à qualidade; lojas de luxo têm valores muito altos. Muitos turistas também buscam eletrônicos e acessórios de tecnologia, acreditando que Hong Kong seja o paraíso das compras nesse setor. Na prática, próximo ao porto existem várias lojas, mas é importante saber que os preços nem sempre são melhores do que na Europa ou EUA, e a qualidade nem sempre é garantida. É um mercado movimentado, mas para quem quer economizar e comprar produtos confiáveis, vale pesquisar e comparar antes de gastar.
Planejar seu dinheiro com antecedência ajuda a evitar surpresas. Levar uma combinação de HKD em espécie e cartão facilita pagamentos diversos, e sempre verifique se a atração ou transporte aceita cartão.
Moeda local em mãos: essencial para aproveitar Hong Kong e obrigatória em alguns destinos.


Quando Vale a Pena Chegar de Navio
Hong Kong é uma cidade que pode ser explorada o ano todo, mas algumas épocas são mais agradáveis para desembarques: os meses de outubro a março oferecem clima mais fresco e seco, ideal para passeios a pé e exploração urbana. Minhas visitas ocorreram em março, com dias começando com leve chuva que ia abrindo ao longo do dia e noites agradáveis, sem frio excessivo. No verão, entre junho e agosto, o calor e a umidade podem ser intensos, além da temporada de tufões, o que pode tornar algumas atividades ao ar livre menos confortáveis.
Nos últimos anos, Hong Kong tem se destacado como um porto de cruzeiros cada vez mais popular na Ásia. Além de receber navios em trânsito, várias companhias operam escalas regulares na cidade, tornando-a um ponto estratégico em itinerários regionais. Linhas como Princess Cruises, Silversea, Royal Caribbean e MSC oferecem paradas que podem variar em duração, permitindo aos passageiros tempo suficiente para explorar a cidade e aproveitar sua vibrante vida urbana e cultural.
Essa presença constante de navios fortalece a infraestrutura portuária e amplia as opções de excursões e experiências para quem chega pelo mar. Para o viajante, isso significa mais flexibilidade, rotas diversificadas e a oportunidade de vivenciar Hong Kong em diferentes horários do dia, desde o pôr do sol no Victoria Harbour até a noite vibrante nos mercados e rooftops.
Com clima agradável, infraestrutura eficiente e escalas estratégicas, Hong Kong se revela como um destino que encanta do primeiro ao último minuto, preparando o terreno para explorar tudo o que a cidade tem a oferecer.
Um privilégio registrar o majestoso Queen Elizabeth ancorado no porto de Hong Kong.


Conclusão
Hong Kong é uma cidade que dá vontade de ficar. Mesmo com uma escala overnight, é possível aproveitar muito e sair de lá cansado, mas grato por ter um dia de navegação para descansar no dia seguinte. É uma cidade segura para caminhar, acessível para qualquer tipo de viajante, mas um olhar atento nunca faz mal. É totalmente possível explorar tudo que mencionei por conta própria, sem necessidade de excursão organizada, embora um planejamento prévio seja ideal.
Um ponto importante é estar atento às barreiras da língua: nem todo mundo fala inglês. Ter apps de tradução e de localização ajuda bastante, já que às vezes até pedir informações a autoridades pode ser desafiador. O porto também funciona como um portal oficial para resolver qualquer questão pendente durante a viagem: assuntos médicos, odontológicos, bancários, recebimento ou envio de encomendas — tudo pode ser resolvido por aqui. Para qualquer dúvida, o front desk do navio é a melhor referência, oferecendo orientações e apoio junto aos órgãos portuários.
A China, no geral, é um lugar que me fascina. De todos os portos que visitei na China, o contato com o povo chinês sempre foi uma experiência positiva. É um país que eu teria coragem de explorar de norte a sul, considerado um dos mais seguros para viajantes. Além disso, ao se afastar das grandes atrações turísticas, os preços mudam muito, tornando ainda mais convidativa a experiência de viajar pelo país.
Entre a riqueza natural, a beleza urbana e a hospitalidade do povo, a China é simplesmente memorável e digna de receber seus visitantes.
Hong Kong, uma metrópole que seduz — explorar aqui é se perder entre cores, aromas, luzes e ação, e querer voltar sempre.
Gostou de conhecer Hong Kong comigo? Esta é apenas a primeira parte da experiência.
A segunda parte já está sendo preparada, onde vou te levar às ilhas de Hong Kong e mostrar o que foi o verdadeiro ápice deste destino para mim.
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